TRANSLATE / Select Language :

domingo, 7 de dezembro de 2014

ANÚNA : "'Sí do Mhaimeo Í" arr. Michael McGlynn

Presença...

Aquela presença que sentimos sem saber explicar, nem tampouco importa entender.. apenas permitir  essa luz atravessar, harmonizando a mente com a alma de uma tal forma apaziguada e bucolica, como  sentisse conhecer, remetendo-me a um estado de contemplação de um algo puro que apesar de tudo, nao me deixou e acabo por me emocionar.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Atente-se aos sinais de depressão


"A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida."

"É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas, etc. Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente.
Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil."

São sintomas de depressão:
  • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
  • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
  • Desinteresse, falta de motivação e apatia
  • Falta de vontade e indecisão
  • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
  • A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
  • Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
  • Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
  • Perda ou aumento do apetite e do peso
  • Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
  • Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
 Tratamento:
Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.
Recomendações:
* Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez;
* Depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. 
* A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos.  É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém,está longe de ser um bom caminho para superar a crise depressiva.
Fontes: Minha Vida e Dr. Drauzio Varella ( visite os sites e leia mais)

Dor de Amor


"Com freqüência atendo pessoas que chegam ao meu consultório sofrendo com o término de um relacionamento afetivo ou por estar vivendo um momento de crise na relação amorosa.

É comum um misto de dor, tristeza, raiva, mágoa, desolamento, medo, dúvida, frustração, desejo de revidar e desespero, tomar conta do mundo emocional nestas horas e os sentimentos ficam tão intensos e misturados que é até difícil identificar o que se sente, levando muitos a acreditar que estão sofrendo por amor. Será?
Será que o amor dói? Será que existe dor de amor?

Amor não dói. Amor cura e equilibra.
O que dói no final de um relacionamento ou quando ele passa por uma prova difícil é não vermos nossos sonhos realizados, nem sermos atendidos em nossos desejos, ou ainda, o orgulho ferido e a decepção.

O apego e o sentimento de posse também fazem sofrer e crer que não há possibilidade de vida fora daquele relacionamento ou daquela forma de se relacionar.
Todavia, quando o que prevalece em nossos sentimentos é o amor, não há espaço para medos, dúvidas, inveja, raiva, desejos de vingança, ódio, posse ou desespero.
"Mas se eu amo tanto, como pode, de repente, o amor virar isso, tanta mágoa, tanta raiva, tanta confusão?" Costumam perguntar.
É, o amor não pode mesmo virar raiva ou mágoa.

O que normalmente ocorre é que o amor convive com nossas inseguranças, com nossos medos e dúvidas, com a raiva, com os apegos, com o desejo de vingança, com o ciúme, com o orgulho e com o egoísmo e com todas essas nossas facetas tão humanas que ainda não foram suficientemente educadas e trabalhadas, e que por isso, numa crise podem tornar-se predominantes escondendo ou turvando o amor por causa das urgências e das necessidades que nos impõem.

Assim, ao perdermos o contato com o amor, não somente com o amor que sentimos pelo parceiro, mas principalmente com a capacidade de amar, o sofrimento toma conta de nosso mundo interior fazendo com que se ache que o que está nos fazendo sofrer é o amor que nutríamos até então.
Mas sentir amor não dói.

Quem ama de forma aberta, madura, quando vê partir seu companheiro ou se vê envolto numa crise relacional, sente tristeza, o que é normal; às vezes, até um inconformismo momentâneo, talvez uma pitada de raiva, mas o amor, ou a capacidade de amar, por ser maior que todos esses sentimentos, é predominante e tem o poder de reequilibrar este coração, que se sente forte e vitorioso, ainda que arranhado. E, mantendo-se sereno, não cultiva desejos de revide, nem desesperos, nem dúvidas, medos ou ódios. Quem ama sente-se capaz de amar sempre e de novo, e mais uma vez, se preciso for.
O desafio, então, é aprender a amar de verdade. Aprender a construir em si um amor que não seja esquecido no primeiro erro do ser amado, que não se esconda quando o ego não se sentir atendido em seus desejos ou caprichos. Amor que consiga enxergar suas próprias necessidades permanecendo em contato com as necessidades do seu parceiro criando um equilíbrio no querer.

Amor capaz de sacrifícios sem lamúrias.
Amor capaz de perdoar e seguir em frente acompanhando o soerguimento daquele que errou.
Amor capaz de encher a vida de felicidade.
Portanto, se sentimos que sofremos por causa de uma relação afetiva, ao invés de culparmos o amor, seria mais interessante se perguntar se o sofrimento não foi causado por uma carência afetiva, por uma baixa auto-estima; se não é a vontade, o desejo de possuir e comandar a vida do outro de forma que ele nos atenda ou de modo que ele seja o que sonhamos; se não é o egoísmo e/ou orgulho ferindo nossa sensibilidade, que nos faz sofrer.
Aprendendo a amar, libertamos a nós mesmos de muitos sofrimentos e melhoramos a qualidade das relações afetivas transformando-as em relações verdadeiramente amorosas.

Acredito que melhor seria dizer que o que pode nos trazer dor é não sabermos conviver e nem nos comunicar bem; é o perfeccionismo que atrelamos ao sucesso da relação afetiva; é querer moldar o outro à imagem que temos do ideal procurado; é não termos autoconhecimento, nem auto-estima; é pensar que o outro tem poder de nos fazer felizes ou infelizes; é achar que temos poder e direitos sobre a vida do companheiro; é acreditar que se vive um conto de fadas e por isso entender que o ser amado é infalível, incapaz de ferir, e que nós somos especiais, de tal forma que, ninguém pode nos trair, aborrecer, desobedecer ou nos deixar."

Levantar e sacudir a poeira.


E nao importa quantas vezes tenha que recomeçar. A vida eh movimento e eh feito montanha russa, umas vezes estamos la em cima e em outras em baixo, faz parte e o que faz grande diferença eh o estado da mente, auto-controle eh fundamental. Nao se cobrar demais, nao levar o peso de tudo nas costas e nao super-valorizar as coisas ou palavras, valem a saude.

*Cinco fatos que definitivamente nao ajudarao a lidar com problemas:

1- Fugir deles
2- Pena de si mesmo
3- Culpar outros
4- Revoltar-se
5- Esquecer do que vale a pena.

sábado, 1 de março de 2014

Pai superprotetor, filho inseguro


(Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/)

"Pais erram ao assumir tarefas que os filhos já teriam condições de fazer, impedindo o seu desenvolvimento emocional e social.

Eles ganharam o apelido de “pais helicóptero”, termo criado nos Estados Unidos para definir os chefes de famílias nas quais os filhos são criados sob vigilância próxima, constante e barulhenta. A comparação faz sentido, uma vez que alguns pais gastam energias tentando poupar crianças e adolescentes de perigos e frustrações, preocupados em excesso com a sua proteção. Es­ta atitude, de acordo com psicólogos, mais atrapalha do que colabora.
Apesar de terem conceitos opostos, negligência e superproteção se igualam se considerados seus riscos para o desenvolvimento emocio­nal, social e até físico dos pequenos. Pais superprotetores não só limitam as experiências do filho na tentativa de proibir tudo que possa pôr em risco sua integridade como prejudicam a sua auto­nomia ao assumir tarefas que o filho já teria condições de desempenhar.
O fato de que há cada vez mais famílias com filhos únicos e pais tardios piora esse quadro. Nessas circunstâncias, em muitos ca­­sos as crianças são aguardadas ansiosamente e vistas como um projeto no qual se exige demais que elas sejam bem preparadas e mais bem sucedidas para enfrentar o dia a dia de uma sociedade altamente competitiva. Ao mesmo tempo, o medo de que o filho sofra algum tipo de violência agrava a tendência paternal de impedi-lo de arriscar-se em situações normais da vida.
Para evitar esses exageros, é preciso buscar o bom senso, explica a psicóloga Graziela Sapienza, professora de Psi­cologia da Pontifícia Uni­versidade Ca­tó­lica do Pa­raná (PUCPR). “Os pais devem proteger os filhos de situações estressantes e perigosas, porém é importante que os filhos passem por situações frustrantes e as superem com o apoio dos pais”, afirma.
Curso natural
A aprendizagem ao longo da vida ocorre por “tentativa e erro”, por meio de experiências e também de regras e limites externos. Nesse cenário, os pais que utilizam exclusivamente a terceira forma para ensinar os filhos devem ter em conta que, se seguir os conselhos ou ordens de outras pessoas pode diminuir a probabilidade de algo dar errado, este comportamen­to limita ao mesmo tempo as possibilidades de ação e criatividade. “Regras são importantes e devem fazer parte da educação, mas pais superprotetores tendem a usar apenas essa forma de ‘ensinar’, não permitindo que os filhos entrem em contato com as contingências ou aprendam na prática como se rela­cionar com o mundo”, diz a psicóloga Silvia Aparecida Fornazari, do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento da Uni­­versidade Estadual de Lon­drina (UEL).
Os prejuízos dessa maneira de educar também atingem os pais. Próximo de uma criança superprotegida há geralmente um pai sobrecarregado e frustrado. “Se minha autoestima não está bem, arranjo uma desculpa não consciente para es­tar sempre de olho em meu filho e assim não prestar atenção às minhas necessidades e inseguranças”, exemplifica a psicóloga e terapeuta de família Carla Cramer. Con­fira nos quadros ao lado as conse­quências que uma educação superprotetora sobre as crianças e dicas das especialistas para reverter essa situação.
Na medida certa
Confira dicas de especialistas para incentivar a autonomia e independência dos filhos:
- Observe o comportamento de seu filho ao liberá-lo para novas experiências, mesmo que isso signifique acompanhá-lo a distância nas primeiras iniciativas – como, por exemplo, quando que ele for à panificadora sozinho.
- Não exija da criança um comportamento exemplar nas primeiras tentativas. Ao aparecerem os erros, oriente, apoie e incentive.
- Se perceber que seu filho ficará triste se permanecer na reserva durante um jogo, não o impeça de participar e o estimule a treinar mais.
- Pergunte ao seu cônjuge, familiares e amigos se eles o consideram protetor demais. Reflita a respeito e converse com o seu filho sobre suas preocupações, mostrando que confia nele.
- Avalie se as preocupações com o seu filho o afastam do seu parceiro e atrapalham seu sono ou trabalho. Se a resposta for positiva, repensar suas prioridades trará benefícios não só para o seu filho, mas para toda a família.
Exame de consciência
Veja algumas características dos personagens das famílias nas quais reina a superproteção:
O pai superprotetor
- Costuma justificar seus atos com frases como: “Meu filho não precisa passar por isso” ou “Ninguém cuida dele tão bem quanto eu”.
- Não considera a opinião das crianças, dirige suas escolhas e tem medo de que elas errem e sofram por causa disso.
- Prefere que o filho não se exponha a situações que possam feri-lo, como uma competição esportiva. Ao ver o filho em atividades físicas, dá orientações excessivas para que ele não se machuque.
- Geralmente se enquadra no perfil de pessoas que foram pais mais velhos, que adota ou que tiveram um filho único ou prematuro, assim como os que sentem culpa por trabalhar muito.
Os filhos superprotegidos
- Podem crescer ansiosos, perfeccionistas, competitivos, dependentes e indecisos.
- Na adolescência costumam ser mais desafiadores e irresponsáveis, acham que todos têm de satisfazer suas vontades.
- Demoram mais tempo para sair da casa dos pais, têm problemas de relacionamento em casa e no trabalho. A falta de capacidade de lidar com problemas faz com que se sintam incompreendidos e injustiçados.
1,8 filho
é a quantidade média por família no Brasil, segundo o IBGE. Pais com poucos filhos costumam ser mais superprotetores.
Sem desligar das crianças
Na casa de Ana Luiza, 7 anos, internet só com restrição de conteúdo. O celular terá de esperar a adolescência e, por enquanto, nada de dormir na casa de colegas ou tomar refrigerante. Como a menina nasceu prematura, os pais, Rodrigo e Paola Fiorin, contam que o cuidado redobrado nos primeiros meses de vida acabou gerando o comportamento considerado por alguns como superprotetor.
“Dizem que somos muito rígidos, mas achamos que os outros é que são desligados com as crianças”, diz Ro­­drigo, que tem 31 anos e é professor universitário. O ca­­sal também tem Rodrigo, 1 ano e meio, mas conta que com ele não está tão fácil ficar de marcação cerrada. “Não sei se é porque ele é menino ou se é porque estamos no segundo filho”, conta.
Outra superprotetora assumida, a fisioterapeuta Josele Ribas conta que até esquece que a filha, Maria Caroline, 6 anos, já não é mais bebê. “Faço tudo para ela, dou banho e às vezes dou até comida na boca. As raríssimas vezes em que ela saiu sem mim, fiquei ligando toda hora”, conta. À medida que a filha cresce, contudo, acaba mostrando para a mãe que pode se virar sozinha. “Quando ela foi para a escolinha pela primeira vez e depois quando começou a ir de van ela ficou numa boa, feliz da vida. Eu é que fiquei frustrada por ela nem sentir minha falta”, diz."