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sábado, 16 de junho de 2012

A hipermodernidade

Tirei esse artigo de um site muito interessante para se visitar 'Assessoria em Psicanalise' de Tatiana Karinya, psicologa e mestre em Educação. Achei que deveria fazer esse post repassando esses temas focados em relações e família, que achei de suma importância a serem observados e discutidos.
Entao, aih vai ;)

"Comunidade na hipermodernidade


Zygmunt Bauman, um sociólogo polonês naturalizado inglês, contemporâneo nosso, pensa a sociedade moderna como sendo fluida. A tradição vive seu declínio deixando-nos à deriva, imersos na lógica do mercado. Como é possível estabelecer vínculos duradouros em uma sociedade esvaziada de sentido? Como é possível imaginar uma comunidade na hipermodernidade?
A leitura do livro – Comunidade – em busca da segurança no mundo atual.

Hipermodernidade segundo Gilles Lipovetsky

Gilles Lipovetsky é um filósofo francês contemporâneo, professor da Universidade de Grenoble e teórico do conceito de “hipermodernidade”.
Sua análise da sociedade revela a ruptura existente da nossa época com os valores tradicionais, o desinvestimento do espaço público, a perda da moralidade, a perda dos valores sociais e políticos como concebidos no auge da era moderna. As relações atuais são caracterizadas pela superficialidade e um esvaziamento de sentido. O paradoxo do moderado com o extremo é vivido intensamente pela nossa atual cultura. Diante desse contexto, como pensar a relação entre a comunidade e a escola?
O que propõe como educação uma escola dos dias de hoje?
Será que existe comunidade?
Abaixo segue o link das anotações feitas da leitura do “A era do vazio”

OBS: Gilles Lipovetsky  e Zygmunt Bauman são dois sociólogos que tratam nas suas obras conceitos semelhantes. Conceitos que caracterizam o mundo e a sociedade actual: Modernidade Liquida de Bauman e Hipermodernidade de Lipovestky.

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*Adolescência contemporânea, paradoxos vividos intensamente:



Com frequência tenho notado, tanto nas escolas quanto no consultório, a dificuldade dos jovens em viver a própria adolescência. Parece-me que esse tempo da vida dos jovens é paradoxal demais se pensarmos que muitos deles estão narcisicamente frágeis, ou seja, possuem pouca sustentação psíquica para enfrentar os problemas cotidianos e existenciais que lhes são apresentados.
Um dos principais paradoxos enfrentados pelo adolescente contemporâneo diz respeito ao jogo de dependência vivido em relação ao mundo adulto. Ao mesmo tempo em que ele depende de diversas maneiras do mundo adulto, ele repudia esse mundo de forma a diferenciar-se dele. “Odeio e amo esse mundo intensamente.” Em um jogo de identificação e diferenciação, o jovem vai se constituindo. Porém, atualmente, esse jogo tem sido vivido de maneira muito intensa devido à fragilidade narcísicas destes jovens.
Um paradoxo que constitui a identidade a partir do choque entre os opostos. Como se essa tensão fosse necessária para a constituição daquele indivíduo que está se desgrudando dos valores parentais, tem acesso ao mundo que lhe apresenta valores, muitas vezes, distintos e difusos para ir rumo a algo genuinamente próprio.


Se a família não tiver valores bastante claros e definidos o jovem, mergulhado no esfacelamento cultural que vivemos atualmente, fica sem uma referência que lhe oferece amparo, ou pela via positiva, pela sua aceitação, ou pelo lado negativo, através de seu pleno questionamento (enfrentamento). Nossos jovens precisam de um amparo, de uma referência. Precisam de uma razão pela qual possam se rebelar, pois é dessa maneira que vão constituir-se."






Fonte das imgs: Net